14 de julho de 2011

Juros altos de financiamento fazem vendas de consórcios aumentarem até 40%

Escrito por Campo Grande News
Rejeitado por muitos que não querem ou não podem esperar para receber o veículo próprio, o consórcio vem conquistando novos adeptos desde o início deste ano, com as altas na taxa de juros do financiamento. Os novos compradores são atraídos por parcelas menores e economia de até R$ 16 mil no preço total de um veículo popular.
De janeiro a abril deste ano a venda de consórcio de automóveis cresceu 56,1% em relação ao mesmo período de 2010, segundo dados nacionais da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios). Foram 266,3 mil cotas, contra 170,6 mil em 2010. O número de participantes cresceu 26,5% no mesmo período, chegando a 1,29 milhão. Já em Campo Grande, as concessionárias teve um aumento de cerca de 40% no tipo de venda nos primeiros meses deste ano. De acordo com o gerente do consórcio Ford no Estado, Leonardo Marcondes, a marca vem registrando aumento na venda de consórcios em todo o Mato Grosso do Sul desde janeiro, com o índice de 10%, e no mês de maio o aumento chegou a 40%. A Capital é responsável por 60% das vendas.
O índice, entre 30% e 40%, também foi registrado pelo gerente de vendas de uma das concessionárias
Volkswagem, Marcos Rogério Ribeiro.
Leonardo explica que o consórcio andou um pouco esquecido no ano passado devido as taxas atrativas do
financiamento, que estavam variando abaixo do índice de 1%, mas agora voltou a ser uma boa opção de compra.
“É uma boa forma de investimento, porque você não vai estar pagando juros e, sim, fazendo uma compra
programada”, diz. Ele também destaca que o comprador do consórcio não tem o dinheiro desvalorizado, já que na data em que for contemplado com o sorteio do veículo receberá o carro no modelo do ano correspondente.
Vantagens - O principal atrativo do consórcio é a taxa de juros. Analisando o preço final de um veículo novo, o consumidor paga praticamente quatro vezes mais juros na compra financiada do que no consórcio.
De acordo com o gerente Marcos, a taxa mensal do financiamento está em média 1.60%, enquanto que do
consórcio a chamada taxa administrativa que é cobrada gira em torno de 0.28% ao mês.
Um exemplo é a comparação na compra de um veículo Ford Ka, no valor de R$ 26 mil. O vendedor Wellington Miranda Massaranduba, explica que financiado as parcelas do veículo saem por R$ 700, em 60 vezes, totalizando cerca de R$ 47 mil.
Já no consórcio, a parcela do mesmo veículo em 60 vezes cai para R$ 525, totalizando cerca de R$ 31 mil. A economia é de R$ 16 mil entre uma compra e outra.
“Para quem pode esperar, não precisa do carro de imediato, o consórcio vale muito mais a pena. Muitas pessoas migraram do financiamento por conta disso e altas taxas”, explica o vendedor.
Desvantagem - Enquanto o comprador por financiamento pode sair com o carro no mesmo dia, o cliente do
consórcio pode esperar até 60 meses, quando termina o pagamento, para ter o veículo.
Por conta dessa demora, o empresário Tennyson Ramos, de 26 anos, que depende do veiculo para trabalhar, diz que prefere pagar os juros a ficar sem o carro.
“Não acho viável por conta da demora. Por isso nem tentei o consórcio”, diz.
No consórcio, o cliente tem a chance de ser contemplado com o veículo no sorteio mensal, que é feito pela loteria
federal, e também com os lances. O lance maior de cada mês vence e o valor pago é abatido do total de prestações
do veículo.
Em alguns planos, dependendo da concessionária, o carro antigo pode ser usado como lance e outras chances de contemplação antes do final do pagamento são oferecidas.

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